Módulo VI

Conocimiento previo

 Meios de comunicação brasileiros, oligopólios e comunicação comunitária. Os meios e a internet, redes socias e meios emergentes.

A1

O atraso da vanguarda

 

Dilma, tal como Lula, não está interessada no, reconheça-se, duro embate de encontrar cura para a crônica doença política brasileira, cujos efeitos se fazem sentir de forma sofrida sobre cada cidadão e cidadã historicamente submetidos a monopólios de opiniões reacionárias.

 

por Murilo César Ramos

 

Não faz muito tempo, o Brasil era motivo de respeito na América Latina por ter conseguido, desde os anos 1970, criar um significativo movimento de luta por políticas democráticas de comunicação. Movimento que se formara no espaço crítico propiciado pela Unesco, de abertura para o debate em torno de uma nova ordem mundial da informação e da comunicação. Nova ordem centrada na ideia de um direito à comunicação que fosse além do direito liberal à informação. Debate completado por um chamamento aos estados para incluírem em seu rol de políticas sociais e de infraestrutura as Políticas Nacionais de Comunicação (PNC).

 

A luta pela democratização no Brasil surgira na forma de uma ampla frente de centro-esquerda que reunia sindicatos, estudantes, docentes universitários e parlamentares, todos unidos também pela resistência à ditadura militar de 1964. Uma característica importante dessa luta era a capacidade de aliar à militância política uma igual capacidade de formular propostas e estratégias de mudanças normativas para uma imprensa, rádio e televisão dominados por grupos privado-comerciais. Militância que seria posta à prova, nos estertores da ditadura, no início dos anos 1980, durante a campanha pela anistia aos presos e exilados políticos, durante as eleições diretas para governadores de estado – as primeiras desde o golpe – e, principalmente, durante a maciça campanha por eleições diretas para presidente da República. Já a formulação iria encontrar seu desafio no processo de se escrever uma Constituição democrática no pós-ditadura. Mas o processo constituinte de 1987-1988 só iria acentuar aquilo que ficara evidente na tentativa do agonizante regime militar de fraudar a eleição para governador do Rio de Janeiro, em 1982, e, sobretudo, na derrota que a sociedade toda sofreu no Congresso Nacional, mesmo depois de milhões de pessoas tomarem as ruas clamando pelo direito de novamente escolher de forma direta o presidente. O que se evidenciou de modo inequívoco naquele momento crítico da história brasileira foi o poder dos meios de comunicação privado-comerciais sobre a política, a economia e a cultura do país, tendo à frente as Organizações Globo, controladas por Roberto Marinho e seus filhos.

 

Assim, apesar da qualidade da proposta popular que a frente nacional de luta por políticas democráticas de comunicação levou à Constituinte e apesar do brilho com que a deputada Cristina Tavares elaborou seu relatório, para ser levado ao plenário da Constituinte, a proposta foi quase totalmente desfigurada pelo lobby privado-comercial da comunicação, resultando na colcha de retalhos que é hoje o capítulo da Comunicação Social da Constituição Federal brasileira. Pior do que isso, aquela manifestação de poder político do empresariado privado-comercial da imprensa, rádio e televisão mostrou-se ser não apenas sinal de uma doença política aguda a corroer o frágil tecido social democrático brasileiro, mas passível de cura e, sim, sintoma claro de uma doença política crônica, cuja cura estaria longe de ser descoberta.

 

Ou, pelo menos, assim se nos parece hoje, em 2013, passados já 28 anos do referido processo constituinte e, sobretudo, passados nada menos do que dez anos de governos liderados pelo Partido dos Trabalhadores, primeiro com Luiz Inácio Lula da Silva e agora com Dilma Rousseff.

 

Isso porque aquele respeito que por nós tinham observadores e militantes da América Latina transformou-se progressivamente em perplexidade desde o início dos anos 2000, uma vez que Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina, Uruguai e agora também o México – este por razões diversas daqueles, mas não menos relevantes – reformaram substantivamente seus arcabouços normativos para o rádio e a televisão, em direções que, respeitadas as nuances nacionais, fizeram avançar no subcontinente a luta por mais democracia na comunicação.

 

Essa perplexidade, entretanto, não seria tão grande, dentro e fora do país, se todos tivéssemos acompanhado as ações do PT desde o lançamento do programa de governo do candidato Lula, em meados de 2002. Naquela ocasião, talvez para marcar ainda mais sua opção política pela manutenção dos fundamentos macroeconômicos neoliberais, com os quais o candidato se comprometera publicamente em uma carta endereçada, na aparência, ao povo brasileiro, mas, na essência, ao sistema financeiro internacional, o referido programa foi lançado sem uma palavra sequer sobre as propostas de políticas previstas para a comunicação social. Propostas que tinham sido retiradas do documento às vésperas de seu lançamento.

 

Nos oito anos de Lula, durante os quais a área da comunicação foi entregue a ministros com história de comprometimento com os interesses privado-comerciais da radiodifusão, nem a criação de uma empresa pública de comunicação, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nem a realização de uma Conferência Nacional de Comunicação (I Confecom), além de outras medidas pontuais, como a criação de um suposto sistema nipo-brasileiro (sic) para as transmissões digitais de televisão, são razões suficientes para aliviar as perplexidades.

 

Perplexidades que só fizeram aumentar neste início de 2013, quando o Ministério das Comunicações tornou pública a decisão do governo Dilma de não apresentar, como prometera, um anteprojeto de nova regulamentação para a comunicação social, em especial para a radiodifusão, sob o argumento pueril de que um tema tão controverso não pode ser discutido racionalmente em ano pré-eleitoral e, por consequência,em ano eleitoral. Como no Brasil todo ano é eleitoral ou pré-eleitoral, conclui-se que Dilma, tal como Lula, não está interessada no, reconheça-se, duro embate de encontrar cura para a crônica doença política brasileira, cujos efeitos se fazem sentir de forma sofrida sobre cada cidadão e cidadã historicamente submetidos a monopólios de opiniões reacionárias.

 

Sendo assim, tal como Sísifo, na seminal obra de Albert Camus, o movimento social pela democratização da comunicação no Brasil, encabeçado pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), lançou-se na hercúlea tarefa de formular um projeto de lei de iniciativa popular que exige a coleta de 1,3 milhão de assinaturas para ser levado à apreciação do Congresso Nacional. Logo, ao empurrar montanha acima mais esse pesado fardo político, esse movimento causa ainda mais perplexidades em nossos vizinhos latino-americanos, que, acostumados a nos ver como vanguarda diante do atraso histórico das legislações de comunicação no subcontinente, passam a nos ver agora, por inação deliberada de nossos próprios governos, na retaguarda dos processos que estão, ano a ano, transformando, para melhor, o ambiente político e normativo da comunicação em seus países.

Murilo César Ramos

Professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisador do Laboratório de Políticas de Comunicação (LaPCom).

Ilustração: Daniel Kondo

Fonte. http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1439

 

 

 

 

 

Ler o texto "O atraso da vanguarda" para responder às perguntas abaixo:

1- Explicar o título do texto em relação ao conteúdo.

2- Por que a doença política no Brasil é “crônica”?

3- Em quais eventos históricos parecem haver estado envolvidos os meios de comunicação privado-comerciais?

 

4- Mencionar quais foram até agora os sinais de avanço na democratização da comunicação no Brasil e quais são as reclamações específicas da política de Lula e Dilma responsáveis em parte pelo atraso no processo. (Fazer duas listas.)

Assinalar qual das expressões abaixo podem substituir a palavra em negrito sem mudar o sentido da frase:

a) … Essa perplexidade, entretanto, não seria tão grande, dentro e fora do país, se todos tivéssemos acompanhado as ações do PT desde o lançamento do programa de governo do candidato Lula, em meados de 2002…

 

 

    

enquanto

no entanto

porquanto

enquanto


A frase “respeitadas as nuances nacionais” significa que:

cada país tem leis diferentes

cada país tem seus própios problemas

todos os países são diferentes

entre os distintos países houve alguma diferença


A2

Mídias Comunitárias abrem cidades para seus habitantes

Flávio Aquistapace - 15/08/11

 

Civic medias – mídias comunitárias, no Brasil – é um termo que corresponde ao uso das tecnologias digitais da informação para identificar, desenvolver e disseminar projetos locais voltados às potencialidades individuais e coletivas de integração de um território. O pesquisador do Massachusetts of Institute Technology (MIT), Leo Burd, e a gerente de comunicação da Cidade Escola Aprendiz, Marina Rosenfeld, contam como é possível otimizar e articular o capital tecnológico no dia a dia das cidades.

Mídia comunitária, na prática, corresponde ao melhor aproveitamento das redes sociais on-line e da tecnologia de baixo custo para que beneficiem o maior número possível de pessoas de uma rua, um bairro, uma cidade, ou uma comunidade, contribuindo educativamente para o seu desenvolvimento social. Sites como o Vila Mundo e o Catraca Livre são exemplos de meios de comunicação que buscam a transformação oriunda dos encontros e dos contatos pelos bairros e nas cidades, fortalecendo o senso de autonomia dos sujeitos num espaço comum, a partir de seus próprios entendimentos e suas iniciativas locais.

Para reunir(e - é) divulgar outras ações de fortalecimento social por meio(das - nas) mídiascomunitárias mundo afora, pesquisadores de Harvard e do MIT lançaram (ao - o)Open City Labs,um site que reúne diferentes exemplos de soluções inovadoras para (às - as) cidades. “A ideia (é - e) difundir para que se criem ou apliquem (mais - mas - más) estas ferramentas que compõem as civic medias”, conta Leo Burd, pesquisador do tema no MIT. “Trata-se da organização prática de redes capazes de abrir a cidade para seus moradores, contribuindo para que (às - as) pessoas se tornem (mais - más - mas) educadas, aperfeiçoando a democracia”.

Um caso curioso do uso integrado das tecnologias de comunicação foi o do físico estadounidense Frank Taylor. Ex-técnico da NASA – agência espacial dos Estados Unidos – ele acoplou uma câmera fotográfica acionada por controle remoto a uma pipa de grandes dimensões, confeccionada com material resistente e capturou imagens de lugares que ainda sequer figuravam nos mapas do Google Earth. Para Leo Burd, “civic media é aquela que, fazendo uso das tecnologias digitais, permite a consolidação de dados capazes de fornecer, para a própria comunidade, mapas, diagramas de interdependência local, incrementar o registro histórico, proporcionar a criação de linhas do tempo etc”.

No Brasil, outro exemplo de mídia comunitária é o do site Biblioteca Mais Feliz. Neste espaço os usuários criam perfis para poder doar e trocar livros gratuitamente. Surgido a partir de uma parceria entre o Catraca Livre e o Movimento Mais Feliz, a proposta fortalece a comunhão entre leitores, além de propagar o acesso à leitura.

 

Agências Comunitárias de Notícias

Espaços de livre colaboração capazes de envolver (as – os) agentes locais nas ações comunitárias, as Agências de Notícias coordenadas pelo Aprendiz são plataformas de formação de redes de comunicação nos respectivos bairros criadas por pessoas que residem, trabalham ou frequentam (a - à) região, valendo-se das ferramentas e do aparato tecnológico acessível. “(Entretanto – Enquanto - Além) um portal de notícias tem primordialmente que divulgar, no caso de uma agência local o papel é o de integrar”, ressalta Marina Rosenfeld, gerente do Núcleo de Comunicação Comunitária do Aprendiz. “São espaços de otimização dos recursos, livre colaboração e troca, para que os bairros se tornem (más – mais- mas) educativos e inteligentes.”

A organização das pessoas em grupos ativados por redes de comunicação próximas de suas necessidades e do seu cotidiano faz parte de um contexto de iniciativas capazes de recuperar o entusiasmo pelas organizações cooperativadas, destacando de forma eficiente as oportunidades, os problemas, os desafios e as prioridades que podem ser reconhecidas e definidas pelo próprio processo. “É o tipo de iniciativa capaz de levar as pessoas a se organizarem em grupos e com outras pessoas para transformar e celebrar o bairro”, afirma Leo Burd.

 

 

 

Fonte: http://portal.aprendiz.uol.com.br/2011/08/15/midias-comunitarias-abrem-cidades-para-seus-habitantes/

Ler o texto “Mídias Comunitárias abrem cidades para seus habitantes” para responder às perguntas abaixo.

 

 

 

Qual é a diferença entre os meios de comunicação tradicionais e as “civic medias”?

O que fez o físico estadounidense Frank Taylor?

Marcar a opção certa para substituir a expressão em negrito.

 

“capturou imagens de lugares que ainda sequer figuravam nos mapas do Google Earth”.

 

    

a) além

b) todavia

c) inclusive

d) até agora

e) no tempo em que


Qual o significado da palavra "além" na seguinte frase do texto?

“Surgido a partir de uma parceria entre o Catraca Livre e o Movimento Mais Feliz, a proposta fortalece a comunhão entre leitores, além de propagar o acesso à leitura”.

 

    

Para mais de, para lá de

Ademais de


Escrever a opção certa das palavras entre parênteses.

 

Para reunir (e - é) divulgar outras ações de fortalecimento social por meio (das - nas) mídias comunitárias mundo afora, pesquisadores de Harvard e do MIT lançaram (ao - o) Open City Labs,um site que reúne diferentes exemplos de soluções inovadoras para (às - as) cidades. “A ideia (é - e)  difundir para que se criem ou apliquem (mais - mas - más) estas ferramentas que compõem as civic medias”, conta Leo Burd, pesquisador do tema no MIT. “Trata-se da organização prática de redes capazes de abrir a cidade para seus moradores, contribuindo para que (às - as) pessoas se tornem (mais - más - mas) educadas, aperfeiçoando a democracia”.

Espaços de livre colaboração capazes de envolver (as – os) agentes locais nas ações comunitárias, as Agências de Notícias coordenadas pelo Aprendiz são plataformas de formação de redes de comunicação nos respectivos bairros criadas por pessoas que residem, trabalham ou frequentam (a - à)  região, valendo-se das ferramentas e do aparato tecnológico acessível. “(Entretanto – Enquanto - Além) um portal de notícias tem primordialmente que divulgar, no caso de uma agência local o papel é o de integrar”, ressalta Marina Rosenfeld, gerente do Núcleo de Comunicação Comunitária do Aprendiz. “São espaços de otimização dos recursos, livre colaboração e troca, para que os bairros se tornem (más – mais- mas) educativos e inteligentes.”

  

F1

CONJUNÇÃO1

Não aponta saídas, mas chama atenção para o grande desafio que se impõe à agenda sociopolítica e econômica das elites governantes.

A palavra conjunção provém de conjunto. Conjunção é a ação de juntar simultaneamente as partes de um todo.

Com essa primeira definição, vejamos essa frase composta por três verbos, ou seja, por três orações:

Os dias passam, as prestações chegam, a vida continua.

Vamos acrescentar na frase acima as palavras e e mas:

Os dias passam e as prestações chegam, mas a vida continua.

Notamos o seguinte: retiramos a vírgula e substituímos por determinadas palavras, e ao fazê-lo ligamos uma oração à outra, criamos um vínculo, uma união. A palavra e está ligando a primeira e a segunda oração e a palavra mas está ligando a segunda e a terceira oração. Portanto, as palavras e e mas que unem as frases são exemplos de conjunção.

Agora, vejamos esse outro exemplo:

Amor e carinho são sentimentos que estão em falta no nosso dia-a-dia.

Observamos que as palavras amor, carinho têm a mesma função na frase, a de juntas exercerem papel de sujeito da oração. O e está ligando essas duas palavras equivalentes, ou seja, que cumprem a mesma função na oração. A ação de unir simultaneamente as partes (amor, carinho) de um todo (sujeito) foi feita a partir da palavra e, a qual é, portanto, uma conjunção.

Podemos agora definir conjunção de uma segunda maneira:

Conjunção é a palavra invariável que relaciona duas orações ou dois termos que exercem a mesma função sintática.

CONJUNÇÃO COORDENADA E SUBORDINADA

As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas, o que dependerá da relação que estabelecem entre as orações.

Vejamos essas duas frases:

Maria caiu e torceu o tornozelo.

Gostaria que você fosse sincera.

No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido completo: Maria caiu. Maria torceu o tornozelo. O período é composto por coordenação, pois as ações são sintaticamente completas em significado.

No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo gostaria fica sem sentido se não há complemento, o que causa o questionamento seguinte: “gostaria de quê?”.

Assim, a oração que você fosse sincera é complemento e, portanto, subordinada à primeira oração Gostaria. A palavra que, então, é a conjunção subordinativa que une as duas orações.

Locução conjuntiva

Há ainda a locução conjuntiva, que acontece quando duas ou mais palavras exercem a função de conjunção. Alguns exemplos são desde que, assim que, uma vez que, antes que, logo que, ainda que, mesmo que.

Vejamos um exemplo:

Ele irá te ajudar, desde que você faça a sua parte.

Temos duas orações: Ele irá te ajudar e você faça a sua parte, ligadas pela locução conjuntiva desde que.

1 Adaptado de: http://www.brasilescola.com/gramatica/conjuncoes-subordinativas.htm

CONJUNÇÃO COORDENATIVA1

Uma Onda já foi exibido no último Festival de Gramado e recebeu um Kikito pela atuação de Alexandre Moreno no papel do fictício Jorge, que representa Santos.

Até se tornar conhecida e receber um prêmio das Nações Unidas, a Rádio Favela foi vítima de repressão por causa do conteúdo político de suas transmissões e chegou a sofrer mais de 100 batidas policiais.

A emissora funcionava no mesmo horário do programa estatal A Voz do Brasil, mas que este ano ganhou concessão para se tornar rádio educativa.

 

A conjunção é a palavra que liga duas orações ou termos de mesma função na oração. Quando a conjunção exerce seu papel de ligar as orações, estabelece entre elas uma relação de coordenação ou subordinação.

As orações coordenadas são independentes entre si, ou seja, possuem significado singular, mesmo que ligadas pela conjunção. Veja o exemplo:

A lua surgiu e as estrelas inundaram o céu de luz.

As duas orações estão ligadas pela conjunção e e não têm relação de dependência entre si.

Então, a primeira oração (A lua surgiu) tem sentido completo e independe da segunda (As estrelas inundaram o céu de luz) para tê-lo e assim também é a segunda em relação à primeira.

Duas ou mais orações que mantêm independência entre si chamam-se coordenadas, e consequentemente, a conjunção que liga tais orações é denominada conjunção coordenativa.

A conjunção coordenativa também ocorre quando duas palavras são ligadas na mesma oração.

Veja o exemplo:

Ele venderá brinquedos ou revistas.

Observe que a conjunção ou está ligando duas palavras, brinquedos e revistas, as quais exercem o mesmo papel de objeto direto na oração.

Podemos classificar as conjunções coordenativas em:

aditivas - exprimem ideia de adição, soma: e, não só, mas também, nem (= e não) etc.

Exemplos:

Fui à escola e joguei bola.

Não fui à escola nem joguei bola.

adversativas – exprimem ideia de contraste, oposição: mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, etc.

Exemplos:

Fui à escola, porém não levei meu caderno.

Fui à escola, no entanto, não prestei atenção nas explicações.

alternativas – exprimem ideia de alternância ou exclusão: ou, ouou, oraora, etc.

Exemplos:

Ou estudo para a prova, ou tiro nota baixa.

Ora como fastfood, ora me alimento bem.

conclusivas – exprimem ideia de conclusão: pois, logo, portanto, por isso, etc.

Exemplos:

Pratiquei exercícios físicos, logo me senti muito melhor.

Aquele medicamento é tarja preta, logo, deve ser vendido somente com receita.

explicativas – exprimem ideia de explicação: porque, que, pois, já que, etc.

Exemplos:

Ele saiu da escola, pois não veio mais.

Não quero mais comer, porque estou satisfeito.

1 Adaptado de: http://www.brasilescola.com/gramatica/conjuncoes-subordinativas.htm

CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA1

Ele enche a tela com seu carisma, embora falte matiz ao personagem.

Em sua observação, Santos ressalta que, enquanto a produção de Katia Lund e Fernando Meirelles mostra o tráfico de drogas derrubando os personagens um a um, Uma Onda no Ar busca transmitir uma mensagem positiva sobre iniciativas criadas nas comunidades pobres.

Apanhar de polícia na realidade não é como no filme. Se fosse, aguentava mais uns 20 anos.

 

A conjunção é a palavra que une orações ou termos de uma oração que possuem mesma função.

A relação estabelecida entre as orações pode ser independente, quando se trata de orações coordenadas; ou dependente, quando se trata de subordinadas.

Quando a conjunção exerce seu papel de ligar as orações, e estabelece entre elas uma relação de dependência sintática e semântica, temos subordinação. Veja o exemplo:

Maria confirmou que não esteve em casa hoje.

As duas orações estão ligadas pela conjunção que e têm relação de dependência entre si, uma vez que na primeira oração (Maria confirmou) o verbo confirmou não tem por si só sentido completo e depende da segunda (que não esteve em casa hoje) para tê-lo. No entanto, a segunda oração é a subordinada, já que está sujeita à primeira, com função de complemento do verbo. Assim temos a oração principal Maria confirmou, e a oração subordinada que não esteveem casa hoje, ligadas pela conjunção integrante que, a qual é subordinativa, pelo fato de estar unindo a oração subordinada à oração principal.

Podemos classificar as conjunções subordinativas em:

integrantes – são introdutórias de orações subordinadas substantivas: que, quando, se, como, etc.

Exemplos:

Desconheço quando ele chegou.

Não sei dizer se ele chegou.

causais – exprimem causa: porque, como, uma vez que, já que, etc.

Exemplos:

Eu sou feliz porque tenho uma família.

concessivas – exprimem ideia de concessão: embora, ainda que, mesmo que, apesar de que, etc.

Exemplos:

Quando fui dormir ainda estava claro, ainda que passasse das sete da noite.

Apesar de estarmos refletindo mais sobre a economia do país, os juros só tem aumentado.

condicionais – exprimem condição ou hipótese: se, desde que, contanto que, caso, se, etc.

Exemplo:

Avise-me caso eles já saibam da nova lei.

conformativas – exprimem conformidade: conforme, segundo, como, consoante, etc.

Exemplo:

Conforme ia passando o tempo, meu corpo cansava cada vez mais.

comparativas – estabelecem comparação: como, maisdo que, menos... do que, etc.

Exemplo:

Estou mais feliz hoje do que ontem.

Ele chorou como quem tivesse perdido algo de muito valor sentimental.

consecutivas – exprimem consequência: de forma que, de sorte que, que, etc.

Exemplo:

Estudou tanto que adormeceu.

finais – exprimem finalidade: a fim de que, que, porque, para que, etc.

Exemplo:

Vamos embora a fim de que possamos assistir ao filme.

proporcionais - estabelecem proporção: à medida que, à proporção que, ao passo que, etc.

Exemplo:

À medida que estudo todos os dias, minha memória se torna melhor.

temporais – indicam tempo: quando, depois que, desde que, logo que, assim que, etc.

Exemplo:

Desde que você foi embora, meu coração gerou expectativa para que voltasse.

1 Adaptado de: http://www.brasilescola.com/gramatica/conjuncoes-subordinativas.htm