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A1

(Texto 1)

Projeto Gênesis

Sebastião Salgado retorna às origens com exposição em Londres

por Camila Martins

Foto Sebastião Salgado

 

Salgado esteve com um grupo Dinka, no sul do Sudão, em 2006

 

Após oito anos longe (dois - dos) museus e galerias, o jornal inglês The Guardian informou onde e quando será realizada a próxima exposição de Sebastião Salgado: o Museu de História Natural de Londres, em 2013.

 

Este retorno (é - e) duplamente esperado, primeiro pelo óbvio motivo de se deparar cara a cara com (ás - as) fotos de Salgado. Segundo, pois é quando será apresentado o resultado do Projeto Gênesis, em que o fotógrafo trabalha desde 2004, desviando (seu - meu) olhar da condição humana em meio (às - as) desigualdades sociais -- temática que o consagrou -- para lugares e comunidades que ainda não (foram - serão) tocadas pela mão do homem ocidental.

 

O projeto tem financiamento da Unesco e tem como objetivo mostrar para o mundo as paisagens naturais (mais - mas) preservadas (e - é) distantes da interferência humana, além do modo de vida de tribos e comunidades que preservam as tradições ancestrais e ainda não sofreram a influência do mundo capitalista. Para isso, Salgado já percorreu lugares como o Sudão, Patagônia, Indonésia e Brasil, onde fotografou no Pará a tribo Zo'e.

 

Além da exposição, o fotógrafo lança um livro em (dos - dois) volumes, com os registros do projeto, e ainda vai virar tema do documentário A Sombra e a Luz, que (foi - será) dirigido por ninguém menos que Wim Wenders e conta com a colaboração de Juliano Salgado, filho do fotógrafo.

 

Fonte: http://bravonline.abril.com.br/materia/projeto-genesis#image=av-colherada-sebastiao-salgado-2

 

 

(Texto 2)

Cultura: Entrevista com Sebastião Salgado - Caçador de luz

 

Teoria e Debate nº 41 - maio/junho/julho de 1999 - publicado em 17/04/2006

 

por Rogério Sotilli*

Por que você buscou a fotografia como forma de expressão?


A fotografia é uma linguagem universal de um simbolismo enorme. Por meio dela eu tentei me aproximar das pessoas que estavam lutando por alguma coisa e dar oportunidade a elas de se exprimirem. No fundo, me considero mais um vetor do que um fotógrafo "artista" ou um criador. Meu trabalho mostra um lado da problemática e dá oportunidade às pessoas que não têm acesso a ela de enxergar. Busco trazer o problema para a casa dela e provocar um debate.

A humanidade andou buscando, durante muito tempo, uma linguagem universal. Falou-se do latim, no início; depois, do inglês; houve um momento em que se tentou criar uma língua – o esperanto –, mas a linguagem universal foi criada. É a linguagem da imagem. E a fotografia é seu vetor principal. Quando se escreve nesta linguagem sobre os sem-terra, aqui no Brasil, ela pode ser lida sem tradução no Japão, na França, nos EUA. Todo mundo compreende.

 

Quando você procura uma imagem, você espera que ela mude alguma coisa na vida das pessoas?


Eu dificilmente utilizo uma fotografia na qual não sinta que o fotografado, ao vê-la, não se sentiria profundamente digno. Eu trabalho da manhã à noite, tento me integrar com as pessoas, tento levá-las a uma certa tranqüilidade, para que elas me permitam fotografá-las. Na realidade, me dar aquelas fotografias que fui buscar, tentando compreender sua vida e por intermédio das fotografias ajudar no debate.

Há várias pessoas que me criticam dizendo que faço a estética da miséria, que exploro as pessoas. Quando foi lançado o livro Terra em São Paulo, uma jornalista da Folha criticou dizendo que eu explorava os trabalhadores. Quem sabe? Talvez ela até tenha razão... Estamos sujeitos a todo tipo de olhar, a todo tipo de crítica. Mas juro que é feito com a maior sinceridade, com o maior respeito ao momento histórico.

 

 

Ao fotografar, você tem uma concepção do trabalho na cabeça?


Claro que tenho. Eu sei o que estou fazendo. Estou fazendo uma história que espero sirva para denunciar determinadas situações. É a necessidade que tenho de provocar o debate; é a necessidade que tenho com a minha consciência, com a minha história, com a minha forma de vida, com a minha mulher, com meus filhos. Mas também é minha forma de vida. Eu não sei fazer outra coisa. Sou jornalista, tenho que utilizar esses vetores que estão à minha disposição, que são os jornais, as revistas, para colocar neles o que acho honesto. É o conjunto dessas coisas.

 

Mas você acredita que a fotografia é uma forma de intervenção também?


Ela é uma forma de intervenção direta. Fotografia não é objetiva, é profundamente subjetiva. Quando fotografo, eu o faço com meu subconsciente, com a minha ideologia, entendida como o conjunto das minhas idéias, e é claro que a fotografia é inteiramente conduzida. Disso eu tenho consciência absoluta.

 

E quando você vê uma imagem sua num jornal, fazendo parte de um corpo editorial, você percebe que ela também está sendo dirigida por outro foco e outra visão?


Ah, percebo. A imprensa, com poucas exceções, é a imprensa de uma certa classe, feita para atingir uma certa classe, dominada por uma certa classe. Às vezes, como minhas imagens também são utilizadas na França ou nos EUA, por exemplo, eu aproveito para discutir o problema do Brasil lá fora e com isso repercutir aqui. Não que a imprensa de lá seja muito mais pura, ela também tem os seus defeitos. Mas quando se fala a respeito do Brasil, discutindo os sem-terra, eu a acho mais descomprometida com a classe dominante daqui, mais crítica. Então, aproveito esse suporte para ajudar a provocar o debate aqui.

 

Fonte. http://www2.fpa.org.br/o-que-fazemos/editora/teoria-e-debate/edicoes-anteriores/cultura-entrevista-com-sebastiao-salgado-ca

 

Ler os textos “Projeto Gênesis” e “Cultura: Entrevista com Sebastião Salgado - Caçador de luz” para responder às questões abaixo.

Que tipos de textos são “Projeto Gênesis” e “Cultura: Entrevista com Sebastião Salgado - Caçador de luz” e qual a relação entre eles?

 

 

 

 

Trabalho com o texto 1 “Projeto Gênesis”

2-Qual a diferença do “Projeto Gênesis” em relação aos trabalhos anteriores de Salgado?

Actividad de lectura

3-Por que a seguinte frase começa com a palavra “segundo”?

 

 

...Segundo, pois é quando será apresentado o resultado do Projeto Gênesis...

Actividad desplegable

4- Escolher a opção certa das palavras entre parênteses no texto 1 “Projeto Gênesis”

 

Após oito anos longe  museus e galerias, o jornal inglês The Guardian informou onde e quando será realizada a próxima exposição de Sebastião Salgado: o Museu de História Natural de Londres, em 2013.

Este retorno  duplamente esperado, primeiro pelo óbvio motivo de se deparar cara a cara com  fotos de Salgado. Segundo, pois é quando será apresentado o resultado do Projeto Gênesis, em que o fotógrafo trabalha desde 2004, desviando olhar da condição humana em meio desigualdades sociais -- temática que o consagrou -- para lugares e comunidades que ainda não tocadas pela mão do homem ocidental.

O projeto tem financiamento da Unesco e tem como objetivo mostrar para o mundo as paisagens naturais  preservadas  distantes da interferência humana, além do modo de vida de tribos e comunidades que preservam as tradições ancestrais e ainda não sofreram a influência do mundo capitalista. Para isso, Salgado já percorreu lugares como o Sudão, Patagônia, Indonésia e Brasil, onde fotografou no Pará a tribo Zo'e.

Além da exposição, o fotógrafo lança um livro em  volumes, com os registros do projeto, e ainda vai virar tema do documentário A Sombra e a Luz, que foi dirigido por ninguém menos que Wim Wenders e conta com a colaboração de Juliano Salgado, filho do fotógrafo.

Actividad de lectura

5- Analisar o uso da palabra “ainda” no texto 1 “Projeto Gênesis”. Explicar o significado em cada caso.

“… para lugares e comunidades que ainda não foram tocadas…”

 

“… que preservam as tradições ancestrais e ainda não sofreram a influência do mundo capitalista...”

 

“...com os registros do projeto, e ainda vai virar tema do documentário A sombra e a Luz...

 

 

Actividad de lectura

Trabalho com o texto 2 “Cultura: Entrevista com Sebastião Salgado - Caçador de luz”

 

6-Qual o processo que Salgado faz para fotografar a uma pessoa?

Actividad de lectura

7-Procurar no texto duas frases que sejam evidência do estilo de fotografia de Salgado.

Actividad de lectura

8- Segundo Salgado qual o objetivo da sua obra?

Rellenar huecos

9- Procurar no texto os referentes dos pronomes em negrito e completar as lacunas em branco:

 

 

...Disso eu tenho consciência absoluta....

 

...e com isso repercutir aqui...

 

...tenho que utilizar esses vetores que estão à minha disposição...

  

Actividad de lectura

10-Ao quê se refere a frase “ela pode ser lida sem tradução”?

 

 

11- a) Identificar no texto uma palavra sinônima de:

 

transmissor:

alcançar:

 

 

11 -b) Levantar do texto uma palavra que signifique:

 

Pessoa que tem por profissão trabalhar no domínio da informação, num órgão de informação social, numa publicação periódica ou algum meio de comunição: jornalista

 

  

A2

Grafite da discórdia - Edição 78 > _esquina > Março de 2013 -

Um piauiense virou persona non grata entre os artistas de rua baianos - por Luiza Miguez

 

Willyams Martins escalou com agilidade a lateral de um prédio residencial no bairro de Campo Grande, em Salvador. Eram três da tarde de um dia útil de fevereiro, e ele temia chamar atenção. Caso fosse pego tirando um pedaço da superfície do muro, a resposta já estava ensaiada: “Se perguntarem, invento uma desculpa, digo que é um trabalho para a faculdade, ou que faz parte dos preparativos para o Carnaval.”  A prefeitura instalava perto dali os camarotes do trajeto por onde passariam os trios. Willyams sacou da mochila um retângulo de tecido transparente e encaixou na parede, em cima do cartaz de um candidato a vereador. Usando um pincel, lambuzou uma grossa camada de resina por cima e marcou a hora com o celular.

Nascido há 53 anos em Teresina, no Piauí, Willyams está em Salvador desde os 22. Já retirou mais de quarenta fragmentos dos muros da cidade com uma técnica que ele desenvolveu durante o mestrado em artes. Pequeno e magricela, ele fala lentamente, quase sempre sorrindo. “Coleto frases que as pessoas escrevem em terrenos baldios, sujeira, refugos, pichações, grafites”, explicou. “Queria remover isso tudo e levar para a galeria, aproximar essas imagens do espectador.”

Willyams chama as películas que tira dos muros de “peles”, fazendo analogia entre a cidade e um “grande organismo vivo”. A resina de poliéster que ele aplica sobre o lençol de voile permite remover a camada superficial do muro e pregá-la no tecido. Quando a cola seca, o artista retira cirurgicamente o voile da parede e deixa para trás o muro exposto em concreto, como uma ferida aberta, sem casca. Depois, ele leva a tela para um marceneiro, que a enquadra numa moldura de madeira. “É para dar o status de obra de arte”, explicou.

O piauiense já havia exposto suas peles na Universidade Federal da Bahia, onde hoje é professor. Mas ganhou projeção quando, em 2007, recebeu 40 mil reais de uma empresa de produtos químicos como incentivo para sua produção artística. Depois, venceu dois salões regionais de artes, ganhando mais 2 mil reais em cada um.

Numa manhã de 2007, Willyams se deparou com seu nome estampado em cartazes. “As ruas estavam repletas desses pôsteres em muros, postes, até em cima de outdoor. Eram muito agressivos”, lembrou-se numa conversa recente. O cartaz vermelho trazia a figura de um cifrão e o seguinte texto: “Willyams Martins, ladrão de grafite. O artista prático, em um ato de extremo egoísmo para com a população, arranca das ruas trabalhos de arte feitos pelos outros, privatiza a obra e assina embaixo. Se não tem talento, não fode com quem tem!”

Na internet, os ânimos estavam ainda mais acirrados. No blog Artista Prático, os grafiteiros questionaram a remoção de suas obras e o lucro de Willyams com a venda das peles contendo o trabalho alheio. As mensagens também traziam ameaças. “Em qualquer lugar que ele andar, pode ser esmurrado e espancado, então, Willyams Martins, é bom tomar cuidado.”

Entre as reações mais exaltadas, estava a da artista Ananda Nahu, que teve um de seus estênceis retirados por Willyams. “Parasita que ganha estuprando obras de arte”, escreveu em seu blog. Procurada para comentar o caso, ela recusou-se a dar entrevista.

O único grafiteiro que se dispôs a falar sobre o conflito é Samuca Santos, que não teve nenhuma obra removida. “Entendo o caráter transgressor da arte de Willyams, mas você precisa pensar na importância de uma parede grafitada”, disse Samuca, um baiano de 26 anos que usa os dreads do cabelo presos para evitar o calor. “Tirar a pintura do ambiente público e levar para a galeria, um ambiente elitista, é interromper uma relação de comunicação na cidade”, argumentou.  “Há um código de ética nas ruas. A gente não tem muita grana e fazer grafite é caro. Aí chega o cara e remove, isso é desrespeitoso.”

Remover grafites das ruas não é mais  a principal atividade de Willyams. Desde o ano passado, tem se dedicado a retirar as peles de celas de presídios de Salvador – um projeto para o qual recebeu financiamento de 30 mil reais. Mas os ânimos dos grafiteiros não arrefeceram. Samuca conhece muitos que, se cruzarem com o piauiense na rua, não perderiam a oportunidade de tirar satisfação.

Numa atitude conciliatória, Willyams reconheceu que, afinal, talvez não fosse necessário remover grafites. “É mais interessante tirar as imagens anônimas dos muros, as pichações que ninguém vê no dia a dia”, admitiu. “O grafite já é muito potente.” Ele disse que, por trás das películas que retira, encontra novas camadas, restos de frases, cartazes publicitários.“Sou um arqueólogo urbano da memória de um tempo da cidade.”

 

Escolher a opção certa nas palavras entre parênteses.

A resina leva, em média, duas horas para fixar a tinta que cobre o muro no tecido usado por Willyams. Na tarde quente de Salvador, porém, uma hora e meia bastou. Enquanto a cola secava, Willyams aguardou num restaurante próximo, apreensivo. Na volta, topou com (dos – dois) policiais, (do - o – no) porteiro e uma moradora do prédio olhando atentamente para o local onde ele havia deixado sua pele. Chegou a pensar que a tivessem destruído, (mas – mais -más) ela estava camuflada sob o tecido transparente.

Willyams aproximou-se rapidamente e apalpou a película, procurando o melhor local para iniciar a remoção. Com a ajuda de um estilete, (fez – foi) uma pequena incisão na lateral da pele, puxando com força o restante do tecido. Colocou o voile no chão e admirou (à - a) imagem do cartaz do candidato que agora estava em uma de suas telas. Da calçada, a moradora gesticulava com raiva. “Pode ficar tranquila, minha senhora”, contemporizou Willyams. “Não estou colocando nada, estou só tirando.”

Fonte: http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-78/esquina/grafite-da-discordia

Ler o texto “Grafite da discórdia” para responder às perguntas abaixo

 

 

 

1- Qual o tipo de trabalho artístico que faz Martins?

2- Quais foram as repercussões da obra de Martins?

 

Actividad de lectura

 3- O que são “as peles” e qual o motivo desse nome?

 

 

Actividad desplegable

 

4- Ligar as colunas segundo a informação do texto:

 

 

removeram seu grafite

piauiense

baiano

 

 

5- Explicar o significado dos seguintes trechos em negrito:

 

 

 

a) “...ela recusou-se a dar entrevista

b)“...A gente não tem muita grana e fazer grafite é caro. Aí chega o cara e remove, isso é desrespeitoso...”

c)“...Ele disse que, por trás das películas que retira, encontra novas camadas...”

6- Copiar do texto os referentes dos pronomes em negrito:

 

a) “ A gente não tem muita grana e fazer grafite é caro. Aí chega o cara e remove, isso é desrespeitoso.”

b) “...ela estava camuflada sob o tecido transparente...”

  

Actividad de lectura

7- Ao que fazem referência as seguintes frases do texto:

 

 

a)É para dar o status de obra de arte”

b) “é interromper uma relação de comunicação na cidade”

 

8- Identificar no texto uma contraposição.

9- Escolher a opção certa para substituir a expressão em negrito:

...Na tarde quente de Salvador, porém, uma hora e meia bastou...” 

todavia

até agora

também

portanto


10- Escolher o sinônimo mais adecuado, para as palavras em negrito, segundo o sentido no texto:

a) “...Na internet, os ânimos estavam ainda mais acirrados...” 

 

inquietados

irritados

rebeldes


b) “...Mas os ânimos dos grafiteiros não arrefeceram...” 

moderaram

exigiram

desistiram


11- Levantar do texto uma palavra que signifique:

 

Anúncio ou aviso de tamanho grande que se afixa em locais públicos:

  

12- Escolher e escrever a opção certa nas palavras entre parênteses.

 

A resina leva, em média, duas horas para fixar a tinta que cobre o muro no tecido usado por Willyams. Na tarde quente de Salvador, porém, uma hora e meia bastou. Enquanto a cola secava, Willyams aguardou num restaurante próximo, apreensivo. Na volta, topou com (dos – dois) policiais, (do - o – no) porteiro e uma moradora do prédio olhando atentamente para o local onde ele havia deixado sua pele. Chegou a pensar que a tivessem destruído, (mas – mais -más)   ela estava camuflada sob o tecido transparente.

Willyams aproximou-se rapidamente e apalpou a película, procurando o melhor local para iniciar a remoção. Com a ajuda de um estilete, (fez – foi)  uma pequena incisão na lateral da pele, puxando com força o restante do tecido. Colocou o voile no chão e admirou (à - a) imagem do cartaz do candidato que agora estava em uma de suas telas. Da calçada, a moradora gesticulava com raiva. “Pode ficar tranquila, minha senhora”, contemporizou Willyams. “Não estou colocando nada, estou só tirando.”

  

Actividad de lectura

Uma torcida e muitas vozes pela democratização da mídia

A imprensa comercial foi rápida ao destacar os atrasos nos estádios e aeroportos, mas deixou de lado as imposições da Fifa e os lucros do próprio setor midiático

Lucas Uebel / AFP

Torcedor brasileiro usa corneta em bar de Porto Alegre durante o jogo contra o México, em 17 de junho

Torcedor brasileiro usa corneta em bar de Porto Alegre durante o jogo contra o México, em 17 de junho

O futebol é uma paixão nacional. (É - E) o exercício da nossa liberdade de expressão também precisa ser. Infelizmente, (a- à)  intensa campanha midiática em torno do Mundial no Brasil tem dado pouco espaço a setores que apresentaram, legitimamente, críticas (a- à) organização e realização da Copa do Mundo em nosso país. (A - À) grande mídia brasileira (é - foi) rápida ao destacar os atrasos na construção dos estádios e aeroportos – se aproveitando disso para atacar o governo federal –, (mais – mas - más) deixou de lado problemas resultantes das imposições da Fifa ao país e dos lucros estratosféricos que o próprio setor midiático terá com a Copa.

A realidade é que, (mais – mas - más) que um grande evento esportivo, a Copa do Mundo tornou-se um gigantesco espetáculo midiático. Mas alguns fatos (ficaram - ficarão) longe do centro do noticiário nacional:

  • Acesso à informação sobre os impactos da Lei Geral da Copa: a Lei 12.663/13 estabelece uma série de exigências para a realização do Mundial no Brasil – entre elas, o direito da Fifa e aos grupos por ela indicados terem exclusividade de vender produtos nas chamadas Áreas de Restrição Comercial, que agregam tudo o que existe em um perímetro até 2 km em volta dos locais oficiais de competição. Pesquisa feita pela StreetNet Internacional, que reúne organizações de vendedores informais de diversos países, mostra que faltam informações para a população em geral sobre as condições estabelecidas pela Fifa através da Lei. Em um caso como a Copa, a informação deveria ser primordial para participarmos efetivamente como cidadãos/ãs sobre o que estão fazendo em nosso país e o que deixarão para nós como legado deste grande evento.
  • O monopólio da TV Globo sobre os direitos de transmissão do evento: o negócio para a transmissão da Copa de 2014 foi fechado há oito anos, no final de 2006. A Globo não informou o valor pago à Fifa para conquistar esse direito. Mas a parceria é antiga: desde 1970 as duas poderosas fazem acordos entre si. Para a detentora dos direitos, também não importa se o valor a ser pago é cada vez mais alto. O retorno é garantido. Só com o que é pago pelos patrocinadores, a Globo embolsou cerca de R$ 1,44 bilhão. O preço de tabela por cota de patrocínio era de cerca de R$ 180 milhões. Adicione à conta o que o grupo ganha com a retransmissão dos jogos para outros veículos. Tal medida reforça a concentração de poder midiático deste conglomerado das comunicações, na contramão de toda a luta pela democratização da comunicação no país, transformando a principal festa do futebol mundial num grande comércio de venda de marcas e produtos e excluindo as redes públicas de comunicação de todos os países de poderem oferecer este produto em suas mídias aos seus respectivos povos.
  • Os serviços agregados aos direitos de transmissão dos jogos: o investimento na compra dos direitos de transmissão também volta para a empresa de mídia com uma mãozinha generosa do poder público. Um exemplo foi a festa que antecedeu o sorteio das eliminatórias da Copa, em 2011, no Rio de Janeiro. Prefeitura e Governo do Rio pagaram R$ 30 milhões para a Globo comandar o evento. Entre recursos públicos e privados, o faturamento originado por toda a divulgação da Copa chega a um valor inestimável, já que não há transparência em sua divulgação.
  • Repressão às rádios comunitárias: enquanto os grandes grupos de comunicação lucram com a Copa, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) anuncia, como já mostrou este blog, que, durante todo o Mundial, seu aparato de fiscalização – e repressão – às emissoras comunitárias estará reforçado. Em comunicado oficial enviado às organizações que trabalham com a comunicação comunitária, a agência anunciou que vai reforçar a fiscalização para “garantir a viabilidade das comunicações para a Copa do Mundo de 2014”.

Diante desses fatos, é fundamental a defesa do acesso à informação e do exercício da liberdade de expressão dos mais diferentes setores da população. Desde os protestos na Copa das Confederações, diferentes coletivos de mídia, ao fazer a cobertura dos atos, viabilizar a transmissão ao vivo de protestos e apresentar imagens que desmontaram falácias policiais, provocaram um importante debate importante sobre a produção e difusão de informação e conteúdos audiovisuais no país. Ao mesmo tempo, a mídia hegemônica foi, ela mesma, justamente em função do histórico de manipulação da informação que tem em nosso país, alvo de protestos em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.

Tudo isso deixou muito clara a necessidade dos diferentes movimentos sociais, organizações da sociedade civil, coletivos e ativistas debaterem a sério o tema das comunicações e lutarem pela democratização da mídia no país. Na Copa e durante outros importantes momentos da história do nosso país, o oligopólio dos meios de comunicação invisibiliza e tenta calar as lutas populares. Mais uma vez, em relação ao direito à comunicação, é a população que está perdendo a partida. E virar este jogo é um desafio que depende de cada um/a de nós.

Ler o texto “Uma torcida e muitas vozes pela democratização da mídia” para responder as perguntas abaixo.

1- Qual a principal reclamação neste texto?

 

2- Nas seguintes frases, marcar certo ou errado segundo a informação do texto:

A Globo cada vez deve pagar mais pelos direitos de TV da Copa do mundo e isso gera problemas econômicos.

Verdadero Falso

O problema para os vendedores ambulantes é que a FIFA não permite a venda ao redor dos estádios.

Verdadero Falso

A frase “já que não há transparência em sua divulgação” refêre-se à falta de divulgação por parte da Prefeitura e do Governo do Rio das despesas para a festa do sorteio das eliminatórias da Copa.

Verdadero Falso

3- Identificar no texto e copiar textualmente os referentes dos pronomes e expressões em negrito:

 

 

“...se aproveitando disso para atacar o governo federal...”

“...a informação deveria ser primordial para participarmos efetivamente como cidadãos/ãs sobre o que estão fazendo em nosso país e o que deixarão para nós como legado deste grande evento...”

“...A Globo não informou o valor pago à Fifa para conquistar esse direito...”

“...Mas a parceria é antiga: desde 1970 as duas poderosas fazem acordos entre si...”

“...entre elas, o direito da Fifa e aos grupos por ela indicados terem exclusividade de vender produtos nas chamadas Áreas de Restrição Comercial...”

“...excluindo as redes públicas de comunicação de todos os países de poderem oferecer este produto em suas mídias aos seus respectivos povos...”

 

  

4- Explicar o uso do diminutivo no seguinte trecho do texto:

...Os serviços agregados aos direitos de transmissão dos jogos: o investimento na compra dos direitos de transmissão também volta para a empresa de mídia com uma mãozinha generosa do poder público....

5- Para que é usado no texto o discurso direto?

6- Identificar no texto uma relação entre duas orações de contraposição e uma de explicação.

7- Por qual das opções abaixo pode ser substituída a palavra enquanto para manter o mesmo sentido no seguinte trecho do texto?

...Repressão às rádios comunitárias: enquanto os grandes grupos de comunicação lucram com a Copa, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) anuncia, como já mostrou este blog...

embora

durante o tempo em que

atualmente

todavia

à medida que


8- Explicar o significado das seguintes palavras e expressões em negrito:

a- ..."a mídia hegemônica foi, ela mesma, justamente em função do histórico de manipulação da informação que tem em nosso país, alvo de protestos em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo"...

b- ...E virar este jogo é um desafio que depende de cada um/a de nós...

Actividad de lectura

c- ...Mas a parceria é antiga: desde 1970 as duas poderosas fazem acordos entre si. Para a detentora dos direitos...

9- Identificar no texto palavras que signifiquem:

 

a- Conjunto de reportagens ou de materiais jornalísticos sobre um acontecimento:

b- Conjunto dos jornais, dos jornalistas:

  

10- Escolher e escrever a opção certa das palavras entre parênteses no texto.

O futebol é uma paixão nacional. (É - E)  o exercício da nossa liberdade de expressão também precisa ser. Infelizmente, (a- à)  intensa campanha midiática em torno do Mundial no Brasil tem dado pouco espaço a setores que apresentaram, legitimamente, críticas (a- à)  organização e realização da Copa do Mundo em nosso país. (A - À)  grande mídia brasileira (é - foi)  rápida ao destacar os atrasos na construção dos estádios e aeroportos – se aproveitando disso para atacar o governo federal –, (mais – mas - más) deixou de lado problemas resultantes das imposições da Fifa ao país e dos lucros estratosféricos que o próprio setor midiático terá com a Copa.
A realidade é que, (mais – mas - más)  que um grande evento esportivo, a Copa do Mundo tornou-se um gigantesco espetáculo midiático. Mas alguns fatos (ficaram - ficarão) longe do centro do noticiário nacional.